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Uma semana cheia de histórias

Uma semana cheia de histórias

“Você é o que você quer ser”, esse é o tema da Semana da Mulher na ABDI. Para lembrar o dia Internacional da Mulher, comemorado em 08 de março, uma série de eventos vão marcar a semana entre 09 e 13. No primeiro dia, duas palestras abriram o calendário. A primeira, com a presidente da Associação dos Advogados Trabalhistas (Abrat), Alessandra Camarano Martins, o tema foi “Violência de gênero e os desafios da mulher na sociedade”.

A advogada propôs uma reflexão sobre o papel da mulher na sociedade desde os primórdios e começou a palestra propondo uma reflexão sobre os momentos atuais. Falou sobre assédio, igualdade de gêneros no trabalho e da onda de violência contra as mulheres. Alessandra citou o aumento do feminicídio no Brasil: “mesmo com o endurecimento da pena, a Lei do feminicidio foi aprovada em 2018, as estatísticas revelam que, no Brasil, entre 2018 e 2019, esse crime aumentou 7%. Vocês sabem por que?”

A reflexão proposta pela presidente da Abrat começa com a versão criacionista para o surgimento da mulher, a partir da costela de Adão. Passa pela inquisição medieval, quando as mulheres eram queimadas sob acusação de fazer bruxaria. Avança para a Segunda Guerra Mundial, quando as mulheres foram para o mercado de trabalho e depois tiveram que recuar para dar lugar aos maridos que voltavam do combate, e, finalmente, chega aos dias atuais com a realidade da mulher no mercado de trabalho.

“Hoje, 60% das vagas são ocupadas por mulheres, mas apenas 30% chegam a cargos de chefia”, disse e questionou: como mudar? A resposta, segundo a advogada, tem que vir de dentro para fora. Com uma mudança cultural.

Superação

A segunda palestra do dia teve como tema a superação. A publicitária Isabela Fialho, 23 anos, autora do livro ‘Rodas para voar’, falou sobre os desafios de um cadeirante e a necessidade de a sociedade enxergar as pessoas com deficiências como capazes. Isabela, aos 18 anos, vítima de erro médico, tornou-se cadeirante, após uma cirurgia. Isabela ficou 50 dias na UTI e cinco meses internada. A publicitária falou de sua experiência de vida e sua determinação em enfrentar e superar a nova condição de cadeirante.

“A partir do erro médico, começou na minha vida uma jornada difícil e desafiante. Mas, eu sempre soube que tudo ia ficar bem”, disse Isabela, que sempre adotou um posicionamento positivo em relação à vida. “Quando eu sair daqui eu quero fazer alguma coisa pelas pessoas que passam ou passaram pelo mesmo que eu passei”, dizia Isabela no hospital.

Em sua nova realidade de cadeirante, a jovem adotou para si a causa, virou referência para a discussão de acessibilidade em Brasília e se envolveu em ações sociais. Isabela virou empreendedora. Começou a fazer bombons e a vendê-los. Os recursos com as vendas foram revertidos em prol do Abrigo de Excepcionais de Ceilândia. Uma instituição que atende 50 deficientes mentais e físicos que foram abandonados pela família. A jovem empreendedora participa ainda do projeto Alma Lavada, voltado para moradores de rua. Finalmente, Isabela escreveu um livro, contado a história de quatro cadeirantes.

Meditação

Na terça-feira (10), o assunto da Semana da Mulher na ABDI foi meditação. Os efeitos dessa prática no organismo e no comportamento humano têm sido muito estudados na atualidade, apesar de ser praticada há milênios, nas filosofias espirituais do Oriente. As mulheres participaram de um workshop com a professora e instrutora de Yoga, Tereza Milanez. 

Com ajuda de uma Tigela Tibetana, ou Orin, Tereza conduziu o grupo em uma prática de meditação  por 30 minutos. “A meditação ajuda a mulher a mergulhar dentro de si, se conhecer e entender melhor os seus próprios ciclos, não só hormonais, mas também mentais. A mulher é um mundo inteiro com as quatro estações e os ciclos das marés”, explicou a professora.

Empreendedorismo

“Faça acontecer!”, foi o conselho da administradora Cristiane Morais durante a palestra sobre empreendedorismo feminino, na quarta-feira (11). A administradora conduziu a palestra com várias dinâmicas para que as participantes percebecem o próprio empoderamento e capacidade de liderar, “intrínseca das mulheres”, destacou. 

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