A Diretoria Executiva da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) promoveu, nesta semana, uma série de reuniões para apresentar o plano de ações para o período 2020-2023 a representantes do governo federal, integrantes do Conselho Deliberativo da ABDI e instituições do sistema de inovação do Brasil. A iniciativa marca o reposicionamento da ABDI frente aos novos desafios da economia, na semana em que a Agência completa 15 anos de criação.
O plano estratégico divide-se em dois grandes eixos – a transformação digital do setor produtivo e a adoção e difusão de inovação de novas tecnologias e novos modelos de negócios – que se desdobram em programas voltados para as áreas de indústria 4.0; cidades inteligentes; segurança cibernética; competências digitais; economia circular, além de aceleração de políticas de economia digital e adequação de processos produtivos e de gestão.
A estratégia da ABDI também inclui dar musculatura aos programas com maior número de parcerias. “Nossa intenção é envolver o máximo de atores para criar o maior impacto possível a partir das ações”, disse o presidente da ABDI, Igor Calvet.
Reunir parceiros foi a primeira iniciativa da semana. Na terça-feira-feira (21), a ABDI sentou à mesa com agências promotoras de inovação, com o objetivo de aproximar os dirigentes, trocar informações sobre projetos e contribuir para a coordenação das ações dos institutos em prol da maior produtividade da indústria no país.
“Fazemos parte de um sistema de inovação e cada um de nós tem procurado desenvolver nossas ações em prol da inovação. Todos temos nossas prioridades e autonomia, mas acredito que nossas agendas devem estar integradas porque temos um objetivo único de inovação da economia brasileira”, disse Calvet ao abrir a reunião. “É importante que a gente consiga coordenar nossos esforços e integrar nossas agendas”, afirmou.
Na quinta-feira (23), Calvet apresentou o plano de ações da ABDI para o Secretário Especial de Relacionamento Externo da Casa Civil, Marcelo Gomes. “A Casa Civil e a ABDI podem atuar em conjunto para mobilizar o setor produtivo brasileiro em termos de governança e de ações para a economia 4.0”, disse o Secretário.
Os integrantes do Conselho Deliberativo da Agência foram convidados para reuniões promovidas na quarta e na quinta-feira. O plano de ações da ABDI foi bem recebido pelos representantes do Conselho. “A proposta da ABDI está muito alinhada às demandas do Conselho Deliberativo por ações que causem maior impacto e que dão maior clareza à missão que a Agência tem de identificar iniciativas que podem fazer a diferença para a indústria brasileira”, afirmou João Emílio Padovani, representante da Confederação Nacional da Indústria. Para Júlio Almeida, do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), a ABDI cumpre “papel fundamental de concepção de políticas, de inteligência, de sensibilização e de articulação”.
Participaram das rodadas de reuniões os presidentes do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), João Luiz Filgueiras de Azevedo; da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), Jorge Almeida Guimarães; da Finep (Financiadora de Inovação e Pesquisa), general Waldemar Barroso Magno Neto; da AEB (Agência Espacial Brasileira), Carlos Augusto Teixeira de Moura; e do INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), Cláudio Vilar Furtado.
Entre os conselheiros, acompanharam os encontros Andre Rauen (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada); Adriana Alves e André Rafael (Ministério do Desenvolvimento Regional); Edervaldo Abreu (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos); Carlos Abijaodi (Confederação Nacional da Indústria); e Ana Cristina (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
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