(Belo Horizonte, 20/9/2019) A nutrição de bovinos depende muito de forragem para silagem. Nesse contexto, a cultura do milho se tornou a principal forma de produção de silagem para alimentação do rebanho, principalmente o leiteiro. Em 2018, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – EPAMIG foi procurada por um grupo de produtores do Alto Paranaíba em busca de apresentadas alternativas para a produção de forragem na região.
A alta incidência de pragas, doenças e plantas daninhas na cultura do milho, demandaram da pesquisa o desenvolvimento de tecnologias que buscam aumentar a eficiência dos seus respectivos controles, refletindo nos custos de produção da silagem e automaticamente, nos custos de produção do leite. O trabalho, iniciado em julho de 2018, focou na silagem de trigo, uma vez que a Empresa possui a cultivar MGS-Brilhante, que tem todas as características desejáveis para a produção.
Os resultados obtidos demonstraram que a qualidade da silagem do trigo é superior à do milho. Outro fator positivo, está relacionado ao teor de proteína bruta, matéria seca, matéria mineral, fibra e carboidratos. Os custos de implantação e condução da lavoura de trigo, também são significativamente inferiores aos custos de produção da de milho.
Já em 2019, as pesquisas buscam analisar a qualidade em relação a épocas de plantio e fatores climáticos. “Junto às pesquisas de campo, estamos trabalhando na multiplicação das sementes da cultivar MGS-Brilhante. A idéia da EPAMIG em 2020 é levar essa inovação para várias Regiões de Minas Gerais, na forma de Unidades Demonstrativas, visto que, ainda não temos informações técnicas capazes de respaldarem os produtores para produção da silagem”, conta Mauricio Coelho, pesquisador da EPAMIG, instituição vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
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