Eleita pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o alimento do século 21, a mandioca de mesa, também chamada de aipim, já foi apelidada de “rainha do Brasil”. É considerada uma das culturas mais antigas do nosso território, pois era cultivada e consumida pelos povos indígenas, e ganhoua aceitação e os paladares dos europeus que vieram habitar o Brasil pela facilidade de cultivo, rusticidade, capacidade de regeneração e de adaptação ecológica.
A Epagri, pensando em valorizar a cultura e fomentar a troca de experiências entre produtores, realizou no dia 12 de junho o V dia de campo sobre a cultura do aipim em em Agronômica, com participação de produtores de municípios vizinhos. O evento foi realizado na propriedade de Raulino e Sandra Batels, família que trocou a cultura do fumo pela do aipim há nove anos. Hoje eles plantam por ano cerca de 28 mil pés de aipim e comercializam descascado, embalado e congelado.
O dia de campo contou com uma visita à unidade com plantio das variedades desenvolvidas pela pesquisa da Epagri: SCS260 Uirapuru, SCS261 Ajubá, SCS262 Sempre Pronto e SCS263 Guapo, e a um experimento com testes de adubações. Os pesquisadores da Estação Experimental de Urussanga e colaboradores do evento, Eduardo da Costa Nunes e Mauro Ferreira Bonfim Junior, além de trabalharem no evento a parte técnica de manejo e fitopatologia da cultura, realizaram a demonstração de um arrancador de aipim.
Os experimentos na propriedade demonstraram que as variedades têm boa produtividade, com destaque para a Uirapuru, que registrou 36,5 t/ha, e a Guapo, com 34,9 t/ha. No teste de cozimento o destaque foi a variedade Sempre Pronto (17 minutos).
Os agricultores também trouxeram pratos à base de aipim para serem degustados. Cada família apresentou a preparação e contou um pouco sobre a receita e sua história com a cultura do aipim. “Nessa gostosa roda de conversa, muito da história do cultivo nos municípios foi resgatada. Essa história, juntamente com as receitas, muitas delas de criação dos próprios participantes, farão parte de um livro”, diz a extensionista rural de Rio do sul, Juliane Garcia Knapik Justen.
Neste quinto encontro, os produtores também decidiram continuar as trocas de experiências e conversaram sobre como será o encontro para o próximo ano. Eles querem conhecer o desenvolvimento da cultura em sistema plantio direto e tirar dúvidas em relação à legislação nas agroindústrias.
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