Pesquisas realizadas pela Embrapa mostram que há exagero na quantidade de água utilizada na irrigação dos coqueirais, especialmente do coqueiro anão-verde (água de coco), preferência do consumidor brasileiro.
É o que mostra a reportagem do Dia de Campo na TV sobre cobertura morta no coqueiro, no resultado de pesquisas da Embrapa Tabuleiros Costeiros (SE), realizadas pela pesquisador Fernando Cintra, que indicam que o plantio pode receber 66% a menos de água para obter a mesma produção.
“Quando o solo tem cobertura com a folha seca do coqueiro, denominada cama morta ou mulch, a quantidade diária de água aplicada no coqueiro poderá ser reduzida para 50 litros, sem prejuízo à produção”, segundo o pesquisador que estudou, durante quatro anos, os coqueirais de produtores do Platô de Neópolis (SE), local em que cada lavoura cultivada recebe irrigações diárias de 150 litros.
A cobertura morta reduz a perda de água por evaporação, conserva a umidade, reduz o volume diário de água na irrigação, melhora a fertilidade, aumenta os teores de matéria orgânica, atividades biológicas e de nutrientes disponíveis para a planta além de regular a temperatura do solo.
Outras vantagens são a cobertura morta que também reduz a utilização de herbicida, uma vez que ela controla ervas daninhas, além de contribuir para aumento de produtividade, reduzir custos e agregar valor ambiental ao sistema de produção.
Programa Dia de Campo na TV, da Embrapa, sobre cobertura morta no plantio de coqueiro
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