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Criatividade e empatia são as principais habilidades das profissões do futuro

Criatividade e empatia são as principais habilidades das profissões do futuro

“Criatividade e empatia serão as características mais importantes para o futuro do trabalho, já que dificilmente poderão ser substituídas por máquinas”. A frase foi dita por Gustavo Leal, Diretor de Operações do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), durante debate ao vivo sobre o futuro das profissões promovido pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) em parceria com o Senai, nas redes sociais das duas entidades, na quinta-feira (dia 23).

O bate-papo on-line, que alcançou 3.200 visualizações no Facebook, mostrou que, apesar da transformação do trabalho ter um traço mais digital, está em evidência também a importância das habilidades humanas, como criatividade, empatia e inteligência emocional.

Além de Leal, participaram da discussão o Analista de Produtividade e Inovação da Agência, Eduardo Rezende, a especialista em sucesso do cliente, Elis Calcagno, e a estudante Ana Carolina de Morais. Mediados pela jornalista da ABDI, Márcia Fruet, os debatedores falaram sobre os desafios de prever quais serão as ocupações de trabalho do futuro e quais qualificações serão necessárias com o avanço das tecnologias. Outro ponto abordado foi a necessidade de requalificar quem já está no mercado de trabalho e terá sua atividade substituída por uma máquina ou computador.

Para somar ao debate dos especialistas, a ABDI e o Senai convidaram as duas jovens que estão participando ativamente dessas mudanças. Elis Calcagno é Especialista em Sucesso do Cliente, uma das profissões elencadas pelo linkedIN como mais promissora para 2020. Atualmente ela trabalha na Impulse UP, uma startup de Recursos Humanos (RH). Já a estudante Ana Carolina de Morais concluiu o ensino médio no ano passado, no formato EBEP (Programa de Educação Básica articulada com a Educação Profissional), com foco em Redes de Computadores.

Para Elis, requalificar os trabalhadores que terão suas atividades substituídas por máquinas é uma preocupação social e deveria partir da própria empresa. “A maioria das empresas não está preparada e muito menos preparou seus funcionários para a necessidade de requalificar os serviços”, conclui a psicóloga. Na visão de Carolina, “os jovens precisam entender que as profissões do futuro exigirão muito mais interdisciplinaridade”.

Diante desse cenário, a ABDI, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), deverá contribuir para adequar a formação profissional dos brasileiros às mudanças do mercado de trabalho. “A ABDI está acompanhando a transformação do perfil do consumidor e está buscando uma aproximação do setor produtivo para haver um alinhamento entre o que o mercado precisa e o que as instituições estão ofertando. Como resultado dessa aproximação entre setor produtivo e MEC o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT) será atualizado”, explica Eduardo Rezende.

Segundo o diretor do Senai, nos países desenvolvidos, em média, 52% dos alunos do ensino médio fazem um curso profissionalizante em paralelo a um curso técnico. No Brasil, esse número cai para 8%. “É um desafio mundial preparar a juventude para essa transformação digital do trabalho. Essa transformação está acontecendo muito rápido. Inclusive as pessoas que já estão no mercado devem ser requalificadas rapidamente para acompanhar esse movimento”, afirma Leal.

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