Foto: Alexandre Cipriani Schwengber
Em 1952, após a criação da Secretaria da Agricultura em Santa Catarina e implantação do Serviço de Defesa Sanitária Animal, o Estado deu início ao combate a Febre Aftosa.
O Ministério da Agricultura e do Abastecimento, pela Portaria nº 153 de 2000, declara a área formada pelos Estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, como Zona Livre de Febre Aftosa, sem vacinação. A Secretaria de Defesa Agropecuária, visando à proteção dessa zona recém criada, baixa a Instrução Normativa nº 13, de 19 de maio de 2000, que estabelece as normas, para o cumprimento da referida portaria. No dia primeiro de maio de 2000, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura, pela Portaria nº O15/GABS/SDA, declarou a suspensão da vacinação contra a Febre Aftosa e estabeleceu a proibição da entrada de animais vacinados no Estado de Santa Catarina.
O catarinense comemora em 2020 o status de 20 anos sem vacinação contra a febre aftosa. Status que só foi obtido graças aos esforços conjuntos do Governo do Estado de Santa Catarina, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, agroindústrias e produtores rurais, que se uniram para combater a febre aftosa no território catarinense, mantido até hoje através do trabalho desenvolvido pela Cidasc, por meio do Programa Estadual de Vigilância para Febre Aftosa e doenças vesiculares, coordenado pelo Departamento Estadual de Defesa Sanitária Animal da Companhia.
O programa tem como objetivo manter o Estado de Santa Catarina livre da febre aftosa sem vacinação, reunindo as garantias sanitárias necessárias para certificar a ausência da infecção nos rebanhos catarinenses por meio de um sistema de vigilância oficial. Para isso, a Cidasc mantém 63 barreiras sanitárias fixas nas divisas com Paraná, Rio Grande do Sul e fronteira com a Argentina, que controlam a entrada e a saída de animais e produtos agropecuários.
Além do controle do trânsito de animais e produtos de origem animal nas divisas e fronteira, em Santa Catarina todos os bovinos e bubalinos são identificados e rastreados. Continuamente, os profissionais da Companhia realizam inspeções clínicas e estudos sorológicos nos rebanhos, além de dispor de uma estrutura de alerta para a investigação de qualquer suspeita que venha a ser notificada pelos produtores ou por qualquer cidadão.
Para celebrar os 20 anos de sucesso da agropecuária catarinense com status de Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, a diretoria da Cidasc recebeu a cópia de um Certificado de Vacinador do período em que o Estado deu início ao combate a febre aftosa. No documento, a Secretaria da Agricultura de Santa Catarina certifica que o senhor Arthur José Schwengber, exerceu as funções de Vacinador, durante o período de 06 de setembro de 1959 a 17 de novembro de 1959.
Os vacinadores tiveram papel fundamental na garantia dos índices de proteção da vacina.Através da “agulha oficial” os focos da doença foram extintos, e em 1991 Santa Catarina teve o último foco de febre aftosa detectado em propriedade.
Para a presidente da Cidasc, Luciane de Cássia Surdi, receber uma cópia de um documento histórico, com mais de 50 anos, é uma imensa alegria. “O Certificado de Vacinador faz parte da história de Santa Catarina, em especial, da história da agricultura. Foi um momento de grande alegria e emoção, uma vez que estamos diante de um documento histórico e de tamanha relevância para a saga das conquistas da agropecuária de Santa Catarina. O senhor Arthur José Schwengber escreveu a sua história em solo catarinense no ano de 1959 e hoje o seu neto Alexandre Cipriani Schwengber continua a escrever essa história como médico veterinário da Cidasc”, recordou a presidente.
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