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Programa de controle da raiva em herbívoros balanço de 2019

Programa de controle da raiva em herbívoros balanço de 2019

Arte: Ascom / Cidasc

A raiva é uma doença fatal que acomete os mamíferos, inclusive seres humanos e é por isso que a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc alerta a população sobre medidas de prevenção e precaução para o combate da doença. A zoonose é transmitida por animais domésticos, animais de produção e animais silvestres, ataca o sistema nervoso central (cérebro), causando mudança de comportamento, paralisia e em alguns casos, agressividade.

O Programa de Controle da Raiva em Herbívoros – PCRH em Santa Catarina tem como objetivo atingir a excelência no controle da raiva, protegendo os rebanhos suscetíveis à doença, mediante vacinação, controle dos transmissores (morcegos hematófagos da espécie Desmodus rotundus) e do  trânsito de animais, desenvolvendo um sistema eficaz de vigilância epidemiológica e estimulando a participação comunitária na defesa sanitária animal, diminuindo riscos à produção pecuária e preservando a saúde pública.

Ao longo deste ano, a Cidasc, através do PCRH, realizou 188 atendimentos a notificações de suspeita de síndrome nervosa, onde 72 desses atendimentos foram diagnosticados como raiva. O programa está apoiado em quatro pilares: educação sanitária, vigilância epidemiológica, cadastro e monitoramento sistemático de abrigos de Desmodus rotundus (morcego vampiro) e manejo populacional do Desmodus rotundus (principal vetor de transmissão da raiva dos herbívoros).

De acordo com o coordenador do programa e médico veterinário, Fábio de Carvalho Ferreira, o produtor é peça chave para o bom andamento do programa, porque as notificações dos animais doentes e as informações sobre abrigos dos morcegos hematófagos, são dependentes da comunicação do produtor à Cidasc. Além dele ter a responsabilidade de vacinar seu rebanho contra a raiva, ação realmente efetiva para o controle da doença.

A Cidasc, com o trabalho dos médicos veterinários, promove ações educativas sanitárias e de vigilância na área de foco da doença, como explica Fábio “Estimulamos a vacinação e também a identificação dos animais doentes com sintomas compatíveis com a raiva dos herbívoros, que quando vierem a óbito terão material colhido para diagnóstico da doença. Além disso, monitoramos os abrigos cadastrados na área de foco para fazer o controle populacional do vetor da doença, o morcego hematófago Desmodus rotundus”

Para manter a sanidade do rebanho de aproximadamente 4.600.000 cabeças, o Programa desenvolve um conjunto de ações, a mais importante é a educação em saúde e capacitação dos profissionais do Serviço Veterinário Oficial – SVO, pois

ela sensibiliza o produtor rural quanto ao seu papel fundamental para o controle da raiva dos herbívoros em Santa Catarina: através da comunicação à Cidasc do surgimento de animais doentes e da vacinação de seu rebanho de forma sistemática.

Para informar casos de suspeita de Raiva, o número de telefone para denúncias à Cidasc é 0800-643 9300.

A raiva vai muito além do prejuízo econômico pela perda de animais, ela é uma doença que acomete todos os mamíferos e passa dos animais para o homem (zoonose). A raiva não tem cura, uma vez iniciados os sintomas o animal, ou o ser humano, virá a óbito. Por isso, as ações em prevenção da doença são essenciais.

Orientações sobre a Raiva

O morcego hematófago da espécie Desmodus rotundus é responsável pela transmissão da raiva para herbívoros. As demais espécies de morcegos hematófagos e não hematófagos são protegidos por lei e seu manejo e controle caracteriza crime ambiental. Por isso, somente profissionais capacitados, do serviço veterinário oficial, podem intervir em colônias de morcegos em área de risco para a Raiva, porque são capazes de diferenciar as espécies de morcegos em um abrigo.

O animal doente elimina o vírus da raiva pela saliva, por isso não devemos colocar a mão na boca de cavalos ou bovinos que estejam com dificuldade de locomoção e/ou salivação intensa. Usualmente, a doença é transmitida através da mordida do animal infectado, mas o simples contato entre saliva e feridas abertas, mucosas e arranhões também propaga o vírus.

Para ajudar no controle da raiva

– Vacine seu rebanho contra a raiva;

– Informe ao escritório da Cidasc mais próximo sempre que seus animais ficarem doentes e apresentarem dificuldade para caminhar, se alimentar, e/ou agressividade

– Caso seus animais tenham marcas de mordedura causada pelo morcego hematófago, comunique a Cidasc, mesmo que não estejam doentes;

– Avise ao médico veterinário da Cidasc se souber de algum local que possa abrigar morcegos hematófagos, tais como, cavernas; grutas; ocos de árvore; túneis; bueiros; passagem sob rodovias, cisternas e poços; casas e construções abandonadas.

ATENÇÃO! Nunca tente capturar um morcego, chame um profissional capacitado para que seja removido adequadamente.

Fonte: Fabio de Carvalho Ferreira | Veterinário da Cidasc

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